quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

(setembro de 2009) Diocese realizara encontro de sementes


Preocupada com as questões da terra, a Mitra Diocesana de Santa Cruz do Sul realizara no próximo dia 23, o nono Encontro Diocesano de Sementes Crioulas. O evento irá ocorrer junto ao Salão Paroquial do município de Herveiras.
O objetivo deste é estimular o resgate e a troca de sementes crioulas entre os agricultores, fortalecer a agricultura de economia familiar e discutir a diversificação na pequena propriedade, discutir alternativas de produção agro-ecológicas, fortalecer a organização dos pequenos agricultores e discutir alternativas de renda proporcionando melhores condições dos jovens e suas famílias permaneceram na roça.
O alvo deste evento que deve reunir cerca de 300 pessoas, são os pequenos agricultores que fazem parte da Diocese, cerca de 40 municípios, também atingir as mulheres camponesas e os jovens da roça, ainda, estudantes interessados. O encontro tem inicio às 8h15 da manha e encerramento previsto para as 15h30. Os interessados de Cruzeiro do Sul em participar das programações podem estar procurando o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR).
Duas figuras já confirmadas e lutadoras da causa são a cruzeirense Oldi Helena Jantch e o técnico agrícola Mauricio Queiroz. Estes trabalham junto ao projeto Banco de Sementes Crioulas que existe desde 1992. O objetivo deste é resgatar as sementes crioulas e fortalecer a agricultura agro-ecológica. “O grande problema que enfrentamos hoje é o monopólio das sementes. Grandes empresas oferecendo sementes geneticamente modificadas que dão resultado imediato. Porém as pessoas não entendem que essas sementes só permitem que o agricultor plante uma vez. Não sendo possível colher e plantar o fruto deste pé, obrigando o produtor a comprar novas sementes. Caso contrário das sementes crioulas que podem ser selecionadas pelo agricultor e replantadas. Fazendo com que este tenha menos custo na hora do plantio” destaca Queiroz, exemplificando que um dos grandes problemas pode ser visto no milho.
Segundo Oldi, outro grande problema das sementes melhoradas geneticamente, é os males que trazem a saúde dos homens e animais e ainda a extinção das sementes originais, fazendo que cada vez mais os agricultores fiquem reféns das grandes empresas. Vendo isso, o projeto desenvolve cursos e trabalhos junto a escolas de toda a região mostrando e deixando clara a importância das sementes crioulas. “O que nos gratifica é perceber que os agricultores já estão abrindo os olhos para este problema e estão começando a preservar as sementes rústicas”, diz Oldi. Hoje o projeto já conta com cerca de 400 tipos de sementes diferentes e os interessados podem contatar com a equipe do Projeto através da Diocese.

Foto Marcio Steiner

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