No ultimo dia 15 de novembro o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Cruzeiro do Sul comemorou seus 40 anos de atividades perante os agricultores e demais comunidade. Umas das figuras marcantes de um passado não muito distante do Sindicato e ainda ativo quanto a defesa dos ideais da instituição é o aposentado, Erni Francisco Johner, morador da localidade de Picada São Gabriel.
Aos 71 anos, o agricultor é uma das grandes lideranças que já passaram pelo STR como também em sua comunidade, onde foi presidente do Esporte Clube XV de Novembro por 14 anos. Destaque também, em parceria com a família, na questão de bovinos e suínos, em premiações em feiras por todo o estado e fora dele, como por exemplo, na Expointer, tendo reconhecimento nacional.
O associado salienta que quando da criação do Sindicato os recursos eram muitos difíceis, como por exemplo, para a saúde. Ele revela que em certa época, vinha uma verba para o Hospital do Município e parte desta era revertida para atender associados do Sindicato.
O hoje aposentado que foi presidente do conselho fiscal e tesoureiro, sempre teve que agir com muita coragem e confiar na equipe, pois muitas vezes viajava e precisava deixar muitos cheques assinados. O sindicalista entrou na diretoria quando assumiu o então presidente Luro Diehl e ficou na mesma em torno de 15 anos.
Johner destaca que a criação do sindicato foi o passo mais importante que se deu, na sua opinião, o vinculo que até então se tinha com Lajeado não dava certo. “Os agricultores não tinham o mesmo amparo”, revela. O STR trouxe vários benefícios, entre os principais ele acredita ser a assistência médica e o serviços de advogado. O parceiro chegou a acompanhar parte da luta pela previdência rural. Algo que o preocupa nos tempo atuais, pois o segundo ele, o que mais se ouve é o déficit da previdência. Tem medo de que um dia isto seja cortado dos beneficiados.
Quanto a questões marcantes, destaca a construção e a reforma da primeira sede, onde ajudou a angariar fundos para deixar o prédio em dia. “Lembro que quando se entrava no Sindicato estava chovendo para dentro. A colocação da cobertura foi fundamental e marcante”, diz.
O cruzeirense vê que com o passar dos anos o Sindicato foi criando raízes. “Podemos ver que existem muitos idosos ainda ligados ao STR. O que demonstra sua consistência”, afirma.
Hoje Johner ainda faz parte do Sindicato, nuca se desligou, segundo o mesmo alguma vantagem sempre se tem, nunca se agrada a todos, mas sempre aparecem mais coisas certas e benefícios do que negativas. “A ultima coisa que farei é cortar laços com o Sindicato”, garante.
Em relação ao passar dos 40 anos, consegue perceber que a entidade cresceu muito, destacando a sorte e competência dos que estão a frente. “De inicio as pessoas se assustaram com a renovação de gestões e o ingresso de pessoas novas. Porém é a renovação que trouxe novas idéias e força a entidade”, ressalta.
Por fim vê que o grande crescimento do Sindicato também se deve com o movimento das mulheres. “Analisando os 40 anos, somando os prós e contras, melhorou muito a vida dos agricultores. O cavalo esta encilhado é só não cair que ficará bem. O colono esta muito bem amparado, precisa valorizar que garantirá o apoio por muitos e muitos anos”, completa.
Foto Marcio Steiner
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