Os plantadores de fumo estão um tanto quanto apreensivos com o preço oferecido pelas empresas. Em sua maioria bastante descontentes, quando perguntados o que as empresas estão oferecendo. Os produtores reclamam do alto preço de custo no momento do cultivo e do baixo retorno, quando neste ano, o fumo é considerado de boa qualidade.
Esse é o caso do casal Antonio Manuel dos Santos e Cláudia Henz, moradores da localidade de Linha Lotes que há muitos anos trabalham com o tabaco. Apesar de não ter rendido o que esperavam, num todo, segundo Santos, a qualidade do fumo é muito boa. A família plantou neste ano 48mil pés da planta e esperava colher em torno de 480 arrobas. Porém, a ação do tempo fez com que a média caísse e a produção ficasse em torno das 350 arrobas. “No inicio choveu muito, fazendo com que a planta crescesse de forma viçosa e não criasse massa. A sorte foi que a qualidade não decepcionou”, diz Santos atento a valorização da produção. Na ótica dos produtores, o preço justo pela arroba, seria em torno dos R$150, quando o que esta sendo oferecido, gira nos R$90.
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Cruzeiro do Sul e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) alertam para que os agricultores negociem bem o seu tabaco, tendo em vista que existe uma grande queda na produção. Orienta-se que os produtores não tenham pressa em fazer o pedido para a próxima safra, sem antes ter feito a negociação do fumo da ultima, tendo em vista que neste momento as empresas não esta querendo negociar preços.
O Sindicato orienta ainda que o agricultor diversifique a propriedade para não somente depender desta cultura. A dica é implantar na propriedade o cultivo de alimentos para a subsistência familiar. Podendo também citar como exemplo a família de Antonio dos Santos, que além do fumo, conta com gado leiteiro e criação de bezerros.
Foto Marcio Steiner
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